Serra propõe aumento de piso regional levando em conta PIB de SP

Proposta de reajuste vai para votação na Assembleia. (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

O governador de São Paulo, José Serrra, anunciou nesta terça-feira (9) a proposta de reajuste do piso salarial regional no estado. Pela primeira vez, ele leva em conta a variação do Produto Interno Bruto (PIB) paulista, e não nacional.

A medida, que tem como objetivo beneficiar trabalhadores da iniciativa privada que não têm piso definido por lei federal, será encaminhada ainda nesta terça para votação na Assembléia Legislativa. A primeira faixa de salário pode passar de R$ 505 para R$ 560, um reajuste de 10,89%.

Se aprovado, o piso desta primeira faixa será maior que o salário mínimo no Brasil, fixado em R$ 510. Estão incluídos nessa categoria trabalhadores como: empregados domésticos, serventes, contínuos, pescadores, ascensoristas e motoboys.

De acordo com o governo, o reajuste nesse primeiro piso tomou por base a variação do PIB de São Paulo entre 2007 e 2008, que foi de 6,9% - a do PIB nacional no mesmo período foi de 4,71% -, além do Índice Nacional de Preços ao Consumidor de São Paulo (INPC-SP), que variou 3,9% entre maio de 2009 e fevereiro de 2010.

“O PIB de São Paulo foi efetivamente superior ao nacional. Este ano, para favorecer o trabalhador, resolvemos usar como referência o PIB paulista”, afirmou o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos.

Durante a entrevista coletiva para apresentar a proposta, no Palácio dos Bandeirantes, Zona Sul da capital, Serra afirmou que ela é “perfeitamente assimilável” pela economia paulista. “A economia de São Paulo cresceu mais. Isso justifica o índice ser maior.” A segunda faixa salarial passaria de R$ 530 para R$ 570. Já a terceira, de R$ 545 para R$ 580.

Gincana
Questionado se achava que a proposta poderia sofrer rejeição na Assembleia, o governador, possível candidato do PSDB à Presidência da República, foi direto: “Não. Não estamos em uma gincana. Estamos governando”.

Erro
Na primeira versão entregue à imprensa, a proposta de reajuste da primeira faixa salarial apontava um piso de R$ 550 e não R$ 560. Serra e Afif trataram de explicar o engano, corrigido assim que a entrevista começou. “Foi um erro de interpretação daquilo que o governador tinha determinado”, afirmou o secretário. De acordo com ele, o entendimento anterior teria sido propor o reajuste de acordo com o PIB nacional e não o paulista, que proporciona um aumento maior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário